O Ministério Público do Piauí (MP-PI) instaurou um procedimento preparatório para investigar supostas irregularidades na Câmara Municipal de Boa Hora. A apuração, conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça de Barras, é coordenada pelo promotor Glécio Paulino Setúbal da Cunha e Silva.
A primeira frente de investigação envolve a possível contratação de quatro pessoas como assessores parlamentares, suspeitas de atuarem como “funcionários fantasmas”. A instauração do procedimento foi publicada no Diário Oficial do MP da última sexta-feira (26).
O caso também foi comunicado ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) e ao Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CACOP).
Entre as diligências determinadas pelo promotor estão buscas por registros de pagamentos (notas de empenho) em nome dos investigados e a consulta a bancos de dados para verificar informações de residência.
Além disso, existe uma segunda denúncia: a suposta irregularidade na contratação do servidor Pedro Henrique da Paz Araújo, que teria celebrado contrato com a Câmara mesmo sendo irmão biológico do vereador Francisco Ribeiro de Araújo Filho, em possível violação às normas de impedimento e nepotismo.
O procedimento instaurado pelo MP-PI deve ser concluído no prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
Até o momento, a Câmara Municipal de Boa Hora não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.